sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Festival de Sonhos - Flexibom

Festival de Sonhos - Flexibom

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

um laringectomizado que so quer ser feliz

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

IPO cria Banco de Tumores

O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa criou um Banco de Tumores, que já se encontra em funcionamento e que tem por objectivo arquivar as amostras para investigação biomédica e preservar as que possam ser utilizadas para eventuais diagnósticos.
Dada a autorização da Comissão Nacional de Protecção de Dados para tratar os dados pessoais, “passa assim, a ser feita de forma sistemática a colheita de amostras e dados clínicos, em patologias consideradas prioritárias para os projectos de investigação em curso”, afirma o comunicado do IPO de Lisboa.
De acordo com o jornal “Correio da Manhã”, o material armazenado destina-se, nesta fase, a ser utilizado por grupos de investigação da instituição. A notícia avança que, futuramente, e com o aumento de amostras guardadas, o banco será disponibilizado a grupos de investigação externos que solicitem amostras para projectos “que cumpram critérios de qualidade científica e ética confirmada por parte dos organismos competentes do Instituto”.

Pobreza: Dia da terceira idade assinala-se hoje 40 mil idosos passam fome em PORTUGAL

Jorge Paula Um inquérito alimentar realizado pela DECO revela que 40 mil idosos não têm dinheiro para comerUm inquérito alimentar realizado pela DECO revela que 40 mil idosos não têm dinheiro para comer

Pobreza: Dia da terceira idade assinala-se hoje 28.OUT.2009

40 mil idosos passam fome
em PORTUGAL

O preço elevado dos alimentos está a levar a que muitas pessoas mais velhas não consumam alimentos mais saudáveis. De acordo com um inquérito alimentar realizado pela DECO, pelo menos 40 mil idosos em Portugal não têm dinheiro para comer.
O estudo, publicado na edição de Novembro da revista ‘Proteste’, resultou de um questionário enviado em Fevereiro e Março para uma amostra representativa da população entre 65 e 79 anos. Responderam mais de 3400 idosos. Destes, mais de um quinto indicou ter dificuldades financeiras. “A difícil situação económica e a falta de autonomia influenciam de forma negativa o que se come”, conclui a Associação de Defesa do Consumidor. Os autores da investigação apuraram mesmo que três por cento dos inquiridos passou fome na semana anterior a responder às perguntas.Entre os motivos que os idosos apresentam para comer mal estão os problemas dentários (35 por cento), dificuldades económicas (24 por cento) e falta de apetite (13 por cento).Hoje assinala-se o Dia da Terceira Idade. De acordo com Constança Paúl, coordenadora da Unidade de Investigação e Formação sobre Adultos e Idosos, no Porto, para terem um envelhecimento activo os idosos não devem abdicar da capacidade de decisão e, para isso, a institucionalização não é o melhor caminho. A colocação em lares “impede que se mantenham activos”, disse.

Edgar Nascimento com agências

sábado, 5 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

UMA LIÇÃO DE VIDA PELA MEDICINA CUBANA

UMA LICAO DE VIDA CUBANA NA MEDICINA
Categoria: Metas, Planos, Esperanças
Uma lição de Vida.
E os médicos que se servem da medicina sobretudo para proveito próprio que ponham os olhos nestes verdadeiros "discípulos de Hipócrates"...

"Esta noite milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma delas é cubana!" (Infelizmente muitas serão portuguesas!)

"Esta noite milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma delas é cubana"
Fidel Castro

O vídeo que vai ver foi filmado em Cuba pelo controverso Michael Moore.
É sobre o sistema nacional de saúde cubano.
Cuba, onde as crianças não têm acesso a Play Stations (pelo menos com facilidade).
Nem se sentem inferiorizadas por não vestirem roupas de marca.
Onde os supermercados não apresentam 60 marcas de manteiga diferentes.
E a TV não mente a publicitar que os Danoninhos ajudam as crianças a crescer.
Os carros de luxo não abundam.
Nem as malinhas Louis Vuitton.
Mas têm talvez o mais avançado sistema de saúde de todo o planeta.
E um sistema de ensino ímpar, em que os professores ensinam e os alunos aprendem, com rigor e disciplina, onde não há lugar para Escolas Novas, estatísticas aldrabadas, pseudo-universidades e Novas Oportunidades da treta.
E pleno emprego.
E as ruas seguras, livres de criminalidade e de drogados
Mas os Cubanos têm falta de liberdade.
Falta de liberdade... para assaltarem idosos e crianças.
Falta de liberdade... para agredirem professores dentro das escolas.
Falta de liberdade... para dispararem contra polícias.
Falta de liberdade... para desrespeitarem o seu semelhante.
Falta de liberdade... para políticos corruptos que enriquecem à sombra do erário público.
Cuba, onde tantas coisas faltam, principalmente as supérfluas, as inventadas pelo capital na sua necessidade de se reproduzir.
Mas onde abundam a solidariedade, a fraternidade e, principalmente, a humanidade.


http://video.google.com/videoplay?docid=-8478265773449174245&hl=pt-BR

domingo, 16 de agosto de 2009

O QUE É O CÂNCRO

Câncer é um termo genérico usado para designar qualquer tumor maligno. No entanto, é melhor entendido como um conjunto complexo de doenças que podem afetar qualquer órgão do corpo, tendo como característica principal o crescimento celular anormal e desenfreado.
As células que constituem os animais são formadas por três partes: a membrana celular, que é a parte mais externa da célula; o citoplasma, que constitui o “corpo” da célula; e o núcleo, onde fica o material genético. O câncer começa com o dano ao DNA, material primário da composição genética. Este dano pode ser herdado de familiares ou, mais comumente, causado por fatores de agressão externos, como o cigarro.
Essa alteração nos genes (mutação) pode levar à perda da regulação do crescimento celular, que passará a acontecer de forma descontrolada. A célula cancerosa, geralmente, cresce de maneira relativamente rápida, formando tumores.
Os tumores podem surgir de forma localizada ou se espalhar, invadindo os tecidos vizinhos. Além disso, podem lançar células cancerosas na circulação sanguínea ou linfática, alcançando outros órgãos à distância e disseminando a doença pelo corpo. Este último processo é chamado de metástase. Dependendo do tipo de célula que forma o tumor, as metástases podem ocorrer de forma mais rápida, mais lenta ou podem não acontecer.
Os sinais e sintomas da presença do câncer no organismo dependem de alguns fatores:
localização primária;
extensão local e relação com estruturas normais;
presença de metástases;
condições básicas de saúde do paciente.
Em algumas ocasiões, o tumor primário pode produzir substâncias biologicamente ativas que atuam à distância, acarretando distúrbios na função endócrina, na regulação do metabolismo corporal ou no sistema nervoso central, o que causa as chamadas síndromes paraneoplásicas.
É importante saber que o diagnóstico de câncer só pode ser definido após uma avaliação de amostra tecidual ou citológica feita por um patologista. O material para análise pode ser conseguido através de vários métodos, como aspiração por agulha, coleta de líquidos corporais por punção, biópsias teciduais e ressecção do tumor primário através de cirurgia. Este material coletado é, então, processado para ser incluído em um bloco de parafina, que, após ser cortado, dará origem a várias lâminas. Elas são levadas a análise no microscópio, na tentativa de que sejam percebidas alterações celulares típicas dos tumores malignos.
Na maior parte dos casos, o patologista é capaz de diagnosticar um tipo específico de câncer. Em casos de diagnóstico - ou de classificação - mais difícil, são necessários testes complementares nas lâminas, usando marcadores específicos dos tumores, o que chamamos de análise imunohistoquímica.
*As informações contidas nesta página não substituem a orientação de um especialista

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

ESCLARECER A MINISTRA DA EDUCAÇÃO PORTUGUESA

--- Teresa wrote:



os lutadores, nomeadamente, os professores do meu País.

Antes do 25 de Abril de 74, que nos trouxe a liberdade, a palavra SOLIDARIEDADE, era proibida, mas praticada, hoje, qualquer um a diz, mas poucos a praticam.



A ministra quer o ensino português igual ao finlandês?
Nós também!!... É só corrigir estes pequenos pormenores...

A propósito do sistema de Ensino da Finlândia, veja, Senhora Ministra, se consegue perceber as 9 diferenças:

1. Na Finlândia as turmas têm 12 alunos;

2. Na Finlândia há auxiliares de acção educativa acompanhando constantemente os professores e educandos;

3. Na Finlândia, os pais são estimulados a educar as crianças no intuito de respeitarem a Escola e os Professores;

4. Na Finlândia os professores têm tempo para preparar aulas e são profissionais altamente respeitados.

5. Na Finlândia as aulas terminam às 3 da tarde e os alunos vão para
casa brincar, estudar, usufruir do seu tempo livre;

6. Na Finlândia o ensino é totalmente gratuito inclusivamente os LIVROS, CADERNOS E OUTRO MATERIAL ESCOLAR;

7. Na Finlândia todas as turmas QUE TÊM ALUNOS com necessidades educativas especiais, têm na sala de aula um professor especializado a acompanhar o aluno que necessita de apoio;

8. Na Finlândia não há professores avaliadores, professores avaliados nem Inspectores.!!!!!

9. Na Finlândia não há professores de primeira e de segunda;

Conseguiu perceber as diferenças??

CUIDAR O MÁXIMO POSSIVEL DA GRIPE A


GRIPE A
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QUERIDOS AMIGOS E AMIGASACHEI IMPORTANTÍSSIMO POR ISSO ESTOU REPASSANDO. VAMOS NOS CUIDAR O MÁXIMO POSSÍVEL...Boa Tarde Amigos!
Estou encaminhando pq é notícia confiável de pessoa próxima e conhecida, nada do que está escrito aqui foi recebido via corrente.E ao final uma receita básicas de bons hábitos alimentares para prevenir doenças.
Sem querer apavorar, já avisando. Uma de nossas pesquisadoras é chefe de infectologia do HC e está responsável pelos pacientes com a gripe. Até hoje, de todos internados na UTI do HC com a doença, nenhum resistiu. Eles não estão conseguindo internar as pessoas porque só há 15 vagas na UTI do HC e há mais de 800 testes que ainda não correram.Ela alertou a todos no instituto que após a infecção, a medicação só faz efeito se tomada em até 48 horas. Na prática o que está ocorrendo é medicar todo mundo suspeito, sem resultado de teste.Com certeza não está sendo divulgada a dimensão correta da doença e a previsão é que o pico do surto ocorra em agosto. Vale lembrar que o principal sintoma de alerta é a febre (mais os sintomas comuns de gripe).Se algumas estimativas mais pessimistas se confirmarem, estima-se que cada pessoa irá conhecer 10 outras que morreram de influenza A (!)Pesquisem, leiam os informes da OMS e avisem quem puderem.
O HC hoje tem fechado 3 andares para atendimento de SUS para pacientes com suspeita ou casos confirmados de gripe A!
Estao ocupando hoje 16 leitos e tem 6 pacientes em UTI!
Estamos em nível 6 mundialmente (numa escala que vai do 1 ao 6)o que significa Pandemia! A última doença que atingiu essa escala foi a gripe espanhola em 1918, que matou 50 milhões de pessoas apenas na Europa em 2 anos de transmissão!! (mais do que Hitler na segunda guerra mundial!!!)
Em Curitiba o índice de transmissibilidade da doença é nivel 2 (numa escala de 1 a 3).
nível dois é também conhecido como transmissibilidade sustentada! Ou seja, a transmissão é pega não por contato com pessoas sabidamente com sintomas ou que tenham viajado!
Quadro epidemiológico não é mais válido!
As pessoas estão adquirindo a doença em ônibus, escolas, panificadoras, shoppings e demais locais públicos.
Existe uma informação que essa semana ou semana que vem será declarada nível 3 de transmissibilidade. que seria considerado o pico de casos na cidade de Curitiba !
Caso isso ocorra será declarado estado de calamidade pública e todos terão que ficar em casa,
shoppings fechados, supermercados, escolas, ônibus, por pelo menos 1 a 2 semanas!
Só funcionariam serviços médicos e de emergência!
Serviços médicos eletivos seriam fechados!
Não adianta achar que é uma gripinha! (falaram o mesmo em 1918 nos primeiros dois meses da doença... e após isso 50 milhõees morreram em menos de 2 anos!)
Segue . . .
RECEITA BÁSICA PARA ESTAR MAIS SAUDÁVEL E RESITENTE A GRIPES
É sempre bom prevenir...
A pedido de um amigo de pesquisas no tempo do nosso saudoso e querido Corsini, do qual fui amigo (nos anos 70) e discípulo no começo dos anos 80 em Imunologia e Genética (Unicamp), vou repassar a todos a maneira mais correta e saudável de enfrentar essa Influenza A (erroneamente chamada de gripe suína).O melhor que vc pode fazer é reforçar o seu sistema imunológico através de uma alimentação correta e saudável, no sentido de manipular sua imunidade, preparando suas células brancas do sangue (neutrófilos) e os linfócitos (células T) as células B e células matadoras naturais. Essas células B produzem anticorpos importantes que correm para destruir os invasores estranhos, como vírus, bactérias e células de tumores.As células T controlam inúmeras atividades imunólogicas e produzem duas substâncias químicas chamadas Interferon e Interleucina, essenciais ao combate de infecções e de tumores.Bem vamos ao que interessa, ou seja quais alimentos são importantes (estimulam a ação do sistema imunológico e potencializam seu funcionamento) .
· Antes de mais nada, tome pelo menos um litro e meio de água por dia, pois os vírus vivem melhor em ambientes secos e manter suas vias aéreas úmidas desestimulam os vírus. Não a tome gelada, sempre preferindo água natural e de preferência água mineral de boa qualidade.
· Não tome leite, principalmente se estiver resfriado ou com sinusite, pois produz muito muco e dificulta a cura.
· Use e abuse do Iogurte natural, um excelente alimento do sistema imunológico.
· Coloque bastante cebola na sua alimentação.
· Use e abuse do alho que é excelente para o seu sistema imunológico.
· Coloque na sua alimentação alimentos ricos em caroteno (cenoura, damasco seco, beterraba, batata doce cozida, espinafre cru, couve) e alimentos ricos em zinco (fígado de boi e semente de abóbora).
· Faça uma dieta vegetariana (vegetais e frutas).
· Coloque na sua alimentação salmão, bacalhau e sardinha, excelentes para o seu sistema imunológico.
· O cogumelo Shiitake também é um excelente anti-viral,assim como o chá de gengibre que destrói o vírus da gripe.
· Evite ao máximo alimentos ricos em gordura (deprimem o sistema imunológico), tais como carnes vermelhas e derivados.
· Evite óleo de milho, de girassol ou de soja que são óleos vegetais poli-insaturados.
Importante: mantenha suas mãos sempre bem limpas e use fio dental para limpar os dentes, antes da escovação.Com esses cuidados acima e essa alimentação... os vírus nem chegarão perto de vc.
(uma pequena contribuição para vc enfrentar essa e qualquer gripe que porventura apareça no seu caminho). Se achar útil por favor repasse aos seus amigos...
Prof. Dr. Odair Alfredo GomesLaboratório MorfofuncionalFaculdade de Medicina - UnaerpFone: 36036744 ou 36036795
Por favor, cuidem-se e alertem família e amigos a situação realmente está grave mas a tv não está noticiando!
Evitem locais aglomerados e, hospitais se não tiverem realmente com os sintomas (febre repentina de 39º, mal estar, fortes dores no corpo, tontura) e importantíssimo ; álcool gel e muita higiene;
Lembro que Farmácias Manipuladoras tbm preparam esse álcool e em embalagens de bolso.
às 12:56
Postado por ABCD TANATO

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

CANCÊR DA LARINGE PARA TODO O MUNDO QUE FUMA TOMAR CUIDADO

Câncer de laringe, pra todo mundo que fuma tomar cuidado

Autor
Mensagem
piruBanidoPosts: 1202Desde: 28/03/2009
Assunto: Câncer de laringe, pra todo mundo que fuma tomar cuidado Qui Maio 14, 2009 12:47 am
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CÂNCER DE LARINGEO carcinoma espino-celular é o tumor que mais freqüentemente acomete a laringe (cerca de 90% dos casos), e restringiremos nossa discussão a ele.A laringe pode e deve ser dividida em andares quando nos referimos a tumores, pois não só suas manifestações são distintas, como também seu comportamento. Assim, subdividimos a laringe em andar supraglótico, glótico e subglótico.Embora exista alguma controvérsia na literatura, normalmente o andar glótico é o mais acometido, seguido pelo supraglótico. O subglótico é raramente acometido primariamente.O diagnóstico preciso da extensão do tumor é fundamental para um tratamento radical e com máxima preservação funcional. Desta forma, utilizamos em nosso Serviço um protocolo de investigação baseado no exame físico, laringoscopia e tomografia computadorizada para um adequado estadiamento e caracterização do mesmo.LEUCOPLASIASSão lesões brancas da mucosa que podem acometer qualquer região da laringe, embora sejam mais freqüentes nas pregas vocais. São consideradas pré-malignas, embora a presença de tumor ocorra em menos de 20% dos casos. Representam uma resposta tecidual à agressão repetida, via de regra pelo tabaco, refluxo gastroesofágico e álcool.Com relação às leucoplasias glóticas, em nosso Serviço preconizamos um minucioso exame laringoscópico com estroboscopia. É importante caracterizarmos sua extensão, relevo, limites e enrijecimento. Nesse aspecto, a estroboscopia representa uma importante arma diagnóstica, pois permite avaliação indireta da profundidade da lesão através do comprometimento da vibração da mucosa da prega vocal pelo acometimento do espaço de Reinke (camada superficial da lâmina própria).Na ausência de onda mucosa, consideramos que existe acometimento do espaço de Reinke e que a lesão é fortemente suspeita de malignidade (ver lesões invasivas).Na presença de onda mucosa, supomos tratar de uma lesão mais superficial, com menos probabilidade de um carcinoma. Deste modo, procuramos identificar e afastar todos os fatores potencialmente agressivos para esta laringe e prescrevemos o uso de beclometasona spray oral (dose: aspiração de 1 jato de 250 mcg 3 vezes ao dia) e vitamina A (dose: 2 cp de 50.000 UI 2 vezes ao dia) durante 3 semanas. Após esse período é realizada nova avaliação:a) se houver algum grau de regressão, mantemos o tratamento por mais 3 semanas, reduzindo a dose de vitamina A para 100.000 UI diárias. Reavaliamos o paciente a cada 3 semanas até sua regressão completa. Caso o processo de regressão se interrompa, procedemos como abaixo:b) se não houver regressão da lesão, indicamos sua remoção. Não aconselhamos as biópsias através das pinças flexíveis dos fibroscópios, uma vez que o fragmento obtido é pequeno, pode ser superficial ou pouco representativo, existindo razoável probabilidade de falso negativo. Mesmo sua positividade pode não caracterizar adequadamente o caráter da lesão ("in situ", micro-invasivo ou invasivo). Desta forma, preconizamos a retirada de toda lesão através de microcirurgia de laringe (decorticação) e sua fixação em um pedaço de papelão com identificação de seu posicionamento (anterior, medial, superior e profundo). Encaminhamos então a peça para exame anátomo-patológico de toda sua extensão sob congelação. Dessa forma, praticamente anulamos a possibilidade de resultado falso negativo. Caso seja detectada a presença de carcinoma, ampliamos a ressecção por via endoscópica, utilizando bisturi de alta freqüência ou Laser CO2 (ver tumores invasivos). Na ausência de malignidade, orientamos quanto aos fatores agressores e mantemos beclometasona oral por mais 30 dias em dose menor (aspiração de 1 jato de 250 mcg 2 vezes ao dia), aguardando a reepitelização da prega vocal.Para leucoplasias localizadas na mucosa de outras regiões da laringe preconizamos tratamento semelhante. Entretanto, pelo fato de geralmente não provocarem sintomatologia específica e pela impossibilidade de supormos seu grau de invasão profunda, indicamos ressecção cirúrgica mais precocemente, com a retirada da mucosa de revestimento e estudo histológico por congelação.Uma vez comprovada a presença de tumor maligno, duas modalidades de tratamento devem ser consideradas: a ressecção cirúrgica e a radioterapia. Classicamente, tem ocorrido resistência aos quimioterápicos, mas recentes protocolos de quimioterapia associada à radioterapia têm mostrado resultados promissores. A radioterapia no tratamento dos tumores laríngeos é um método que procura preservar o órgão e suas funções, entre elas, a qualidade vocal. Oferece curabilidade semelhante à cirurgia nos casos precoces, mas nos avançados, seu controle tem sido menor do que com cirurgia. Nesses casos, o controle é melhor com a associação de radioterapia (com ou sem quimioterapia) após a ressecção cirúrgica.Para definirmos o tratamento é fundamental o adequado estadiamento da lesão. Consideramos que os dados fornecidos pela laringoscopia e pela tomografia computadorizada sejam suficientes para uma precisa caracterização do tumor primário e das drenagens cervicais (ver tratamento dos linfonodos cervicais). Ainda realizamos rotineiramente radiografia de tórax e pan-endoscopia para pesquisa de metástase à distância e de um segundo tumor primário.TUMOR PRIMÁRIOCom relação ao tratamento do tumor primário, dividimos os tumores em carcinoma "in situ" e micro-invasivo, tumor precoce (T1 e T2) e tumor avançado (T3 e T4).Carcinoma "in-situ" e micro-invasivoSão as formas mais precoces do carcinoma espino-celular, caracterizando-se por não acometer a membrana basal do epitélio (carcinoma "in-situ") ou acometer sem ultrapassar a membrana basal (micro-invasivo). No tratamento cirúrgico dessas lesões a ressecção isolada da mucosa acometida já é adequada, preservando-se os tecidos profundos adjacentes. Na prega vocal, o procedimento indicado nesses tumores superficiais é a decorticação da mesma, onde a mucosa é retirada até o plano do espaço de Reinke. A utilização do laser acoplado ao microscópio cirúrgico é de grande utilidade nestes casos. É importante salientar que toda a peça deve ser encaminhada para análise histológica (se possível através de congelação durante o ato operatório), na procura de algum sítio de lesão invasiva, para que se possa programar uma ressecção adequada. Após a ressecção evitamos a aproximação da mucosa, aguardando a reepitelização local por segunda intensão, o que facilita na identificação de recidivas. Reavaliamos o paciente com laringoscopias a cada mês durante os 3 primeiros meses, a cada 3 meses nos 2 primeiros anos e a cada 6 meses até completar 5 anos de tratamento. Caso surja qualquer nova evidência de tumor, indicamos sua remoção.Alguns autores preconizam a realização de biópsia da lesão por endoscopia, ao invés de retirá-la. No caso de detectar um carcinoma "in-situ" ou micro-invasivo, indicam radioterapia em doses moderadas em substituição à ressecção cirúrgica local. Esse tratamento resulta em controle semelhante à ressecção cirúrgica, com resultados funcionais superiores (principalmente com relação à qualidade vocal). Entretanto, existe uma agressão biológica considerável em um território geralmente mais extenso do que a lesão. Ainda, pode existir um sítio de carcinoma invasivo não detectado pela biópsia, e a dose radioterápica pode ser insuficiente. Também questiona-se a possibilidade da transformação para um carcinoma invasivo induzido pela radiação. Desta forma, nossa opção tem sido pelo tratamento cirúrgico (ressecção local), mesmo em lesões extensas e com múltiplos focos. Mesmo na falha do tratamento inicial, temos preferido nova ressecção, reservando a radioterapia a casos de difícil controle ou em pacientes sem condições cirúrgicas.Carcinoma invasivo inicial (T1 e T2)No tratamento dos carcinomas invasivos são necessários tratamentos mais agressivos do que para as lesões superficiais.Radioterapia: Mais uma vez, a radioterapia em doses plenas apresenta curabilidade semelhante à cirurgia e, por oferecer boa qualidade vocal, tem sido o tratamento de escolha por alguns autores. Entretanto, deve-se lembrar que nas lesões com acometimento da comissura anterior ou diminuição da mobilidade da prega vocal, o controle radioterápico tem se mostrado inferior à cirurgia. Ainda, o diagnóstico da recidiva pós-radioterapia muitas vezes é tardio, seja por edema persistente ou por dificuldade de interpretação das biópsias, sendo que em alguns casos perde-se o momento adequado para realização de uma cirurgia parcial. Deste modo, o tratamento que inicialmente pretendia preservar a voz pode culminar com a ressecção total da laringe.Em nosso Serviço sempre oferecemos as duas possibilidades de tratamento para o paciente, porém damos preferência para o tratamento cirúrgico, exceto para pacientes muito idosos, com condições clínicas precárias ou em tumores que, embora precoces, apresentem peculiaridades que impeçam as ressecções parciais da laringe.Laringectomias Parciais: As laringectomias parciais, quando corretamente indicadas, oferecem controle oncológico local semelhante à ressecção total da laringe. Embora ofereçam qualidade vocal inferior à radioterapia, oferecem a preservação da voz laríngea com maior segurança, uma vez que temos a peça cirúrgica para ser estudada e ainda possibilita o uso da radioterapia como opção para recidivas.As ressecções parciais da laringe baseiam-se nas barreiras anatômicas e embriológicas da laringe, sendo distintas para os tumores supraglóticos (laringectomias parciais horizontais) e glóticos (parciais verticais):Tumores SupraglóticosDevido à origem embriológica distinta das estruturas supraglóticas (3o e 4o arcos) e glóticas/subglóticas (5o e 6o arcos), o tumor supraglótico invade tardiamente as pregas vocais. Quando o faz, é considerado um tumor avançado devido ao acometimento do espaço paraglótico. Deste modo, em tumores precoces é possível a ressecção das estruturas supraglóticas preservando-se a glote e subglote.Em nosso Serviço, indicamos a laringectomia supraglótica clássica para os tumores precoces dessas estruturas. Entretanto, atualmente, com a aquisição do bisturi de alta frequência e do laser cirúrgico (CO2), temos dado preferência às ressecções endoscópicas (epiglotectomia, ressecção de banda ventricular, etc) com controle histológico das margens cirúrgicas por congelação. São ressecções mais econômicas que propiciam uma reabilitação mais fácil para o paciente.Na ressecção clássica, os pacientes apresentam certo grau de aspiração e dificuldade inicial de deglutição, pois perdem grande parte das estruturas esfincterianas da laringe. Na reconstrução da faringe procuramos retrop_________________

segunda-feira, 6 de julho de 2009

POBRES RICOS E LEIS

From: juventude.emergente@hotmail.comTo: orlandomont@live.com.ptSubject: RE: a frase do diaDate: Mon, 6 Jul 2009 15:08:23 +0100
.ExternalClass .EC_hmmessage P
{padding:0px;}
.ExternalClass body.EC_hmmessage
{font-size:10pt;font-family:Verdana;}

obrigado caro orlando. excelente. tomei a liberdade de a publicar no nosso blogue: http://juventude-emergente.blogspot.com/



A FRASE DOS DIAS NESTE PAIS

“Para os pobres, é dura lex, sed lex. A lei é dura, mas é a lei.Para os ricos, é dura lex, sed latex. A lei é dura, mas estica”.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

PROPOSTA PARA SER FEITA UMA ASSOCIAÇÃO DE LARINGECTOMIZADOS

amigos estou a enviar esta mensagem com o intuito de vir a saber qual a opinião dos meus amigos com esta situação de vida desde já o meu muito obrigadaa quem se dignar a dar uma opinião um beijo grandeisto foi proposto ontem em reunião no IPO AMIGOS LARINGECTOMIZADOSPROPOSTAEsta proposta que vos tou a enviar, tem apenas como único objectivo,quePensem àcerca dela durante o periodo de férias,para que se possam pre-nunciar de uma forma objectiva em Setembro.Aquilo que nós perdemos com a doença que nos atingiu,foi algo que é de extrema importância para um ser humano: A CAPACIDADE DE COMUNICAR DE UMA FORMA FLUENTE E AUDIVEL. Perdemos tambêm outras capacidades, que nos reduzem substancialmente a qualidade de vida a que estávamos habituados,numa vida vivida de uma forma normal. No passado dia 2 de junho , estive numa 1ª reunião de laringectomizados,Com o objectivo de trocarmos experiências e impressões diversas, àcerca das dificuldades que temos e quais as soluções que podemos encontrar para as mesmas.Entre alguma da informação que trocámos entre nós, houve uma que medespertou especial atenção,que tem a ver com o facto de nos conseguirmos obter uma comparticipação do ESTADOpara os produtos que são para nós,de necessidade absoluta e indispensável.Todos nós sabemos que este trauma não escolhe pessoas de uma ou outra condição social.Há pessoas que têm uma capacidade financeira que lhes permite adquirir os produtos sem qualquer tipo de dificuldade, mas temos outras, para as quais,comprar um simples filtro, para a cânula, se transforma numa impossibilidade.Eu tenho conhecimento de casos destes.em que as pessoas andam com o mesmo filtro durante mêses lavando-o pondo em risco ainda mais a saúde. Posto isto, devemos reflectir àcerca do seguinte: Para se conseguir ser ouvido pelo GOVERNO , há que ter um determinado estatuto que seja reconhecido pelo mesmo,ou seja,uma instituição que esteja devidamente formalizada.Podemos expressar as nossas preocupações através da LIGA PORTUGUESACONTRA O CANCRO?-È uma possibilidade.No entanto, eu penso que as coisas que nos dizem respeito, devem passar por nós.Temos conhecimento de iniciativas promovidas por outras pessoas atingidas por outros tipos de cancro,que tem sido um sucesso. Refiro como exemplo as mulheres atingidas pelo cancro da mama SÃO UM SUCESSO DE INICIATIVA.Posto isto, a proposta que vos deixo para reflectir é a seguinte:FORMARMOS UMA ASSOCIAÇÃO DE LARINGECTOMIZADOS1º-- Teria esta ASSOCIAÇÃO como principais fundamentos, o apoio pré ePós operatório, aos doentes que sejam sujeitos a este tipo de inter-Venção.2º-- Procurar junto do GOVERNO ,obter comparticipações para os produ-Tos de necessidade absoluta.3º-- todas as outras propostas que possam sugerir, com interesse como Adenda a esta Quanto á questão de sócios, proponho não ser obrigatóriamente só LARINGECTOMIZADOS mas sim qualquer pessoaQuanto á sede.ela poderá ser aqui no IPOFica a proposta no ar.OBRIGADO BOAS FÉRIAS Vitor Emanuel Fernandes Barreiro i

segunda-feira, 29 de junho de 2009

NOTICIA COMENTÁRIO DE ANTONIO FEIO COM BASE SUA DOENÇA

DECIDAM-SE!!! : 28/Mai/2009
Como toda a gente já sabe isto de ser “doente-famoso” tem muito que se lhe diga. São notícias atrás de notícias. Só me falta ser capa da BOLA… LOL. Mas não deve tardar muito. LOL. Devem estar à espera que eu dê um grande pontapé no “bicho”… LOL.
Hoje, 28 de Maio, o “jornal” 24HOAS tem uma chamada de primeira página que diz o seguinte:
“António Feio revela que vai começar a quimioterapia”. Ora aqui está mais uma notícia esclarecedora!!! LOL. Uma notícia que, para além de incorrecta, tem, no mínimo, dois meses de atraso. É por estas e por outras que eu continuo a adorar tudo o que se escreve neste jornal. A minha primeira reacção foi rir-me e pensar: “estes tipos não acertam uma”!!! Mas depois li a notícia propriamente dita (pág 27) o que me deixou mais baralhado. A notícia, da responsabilidade de Vanessa Barros Cruz, revela, entre outras coisas, exactamente aquilo que eu disse, e cito: “Vem aí uma outra etapa, que é a quimioterapia e a radioterapia. São seis semanas, e depois, se tudo correr bem, espero estar pronto a ser operado”.
O que me leva a concluir que quem fez o título da capa do dito “jornal” não deve ser a mesma pessoa que fez o artigo e muito menos se deu ao trabalho de o ler. LOL. Na capa, vou começar a quimioterapia, no artigo vou começar a quimioterapia e a radioterapia…
Afinal em que é que ficamos? Decidam-se, que eu tenho de dar uma resposta ao meu pâncreas!!! LOL.
Sobre isto não há muito mais a dizer. Talvez, somente acrescentar que, na minha modesta opinião, o Pâncreas, segundo o mesmo 24HORAS, está para o corpo humano como a informação está para os leitores do referido “jornal”: É POSSÍVEL VIVER SEM AMBOS!!! E a prova aqui está: eu hoje li o 24HORAS, não houve uma única informação que me interessasse e continuo vivo!!!
LOLedepoiseuéqueembirrocomo24horas

segunda-feira, 22 de junho de 2009

APROVEITAMENTO DA NET PARA PRATICAR O ILICITO INFº MEP no HI5

Caro orlando: Obrigado pela informação. --- orlando wrote: monteiro.orlando8@gmail.com orlandomont.hi5.com - um-laringectomizado-que-so-quer-ser-feliz@googlegroups.com Nestes blogues podem voces verem como varias pessoas vão ver o que fazem algumas pessoas sem escrupulos depois da vossa mensagem --- MEP - Movimento Esperança Portugal wrote: car@s amig@s: Fomos alertados por um amigo, que as mensagens a pedir sangue de determinado tipo, via hi5 podem não ser verdadeiras. Embora tenham despertado em todos nós a vontade de ajudar numa possivel situação de emergência, convém deixarmos de as reenviar, uns aos outros, sem contactarmos previamente a entidade responsável na matéria que é o Instituo Português do Sangue (verificando a improvável autenticidade). Vejam o link http://www.ipsangue.org/maxcontent-documento-179.html ,em que se alerta: "ATENÇÃO aos e-mails e sms com pedidos de sangue Infelizmente algumas pessoas utilizam as tecnologias da informação no pior sentido, os e-mails e sms que circulam com apelos de pedidos de sangue para doentes, são disso um exemplo.Todos estes e-mails e sms com pedidos de sangue personalizados, que não procedam dos Centros Regionais de Sangue ou do Instituto Português do Sangue IP, são INCORRECTOS, já que qualquer pedido das Instituições que necessitem de sangue para tratar os doentes é sempre feita, previamente, ao Instituto Português do Sangue, IP". De qualquer modo, já que estamos todos sensibilizados, e com alguma vontade de ajudar, sugerimos que quem ainda não é dador, se informe das condições e locais de colheita de sangue, na página do Instituto do Sangue e em breve se torne um dador regular, seja de que tipo de sangue for! Seguramente essa ajuda confiada ás entidades competentes, será depois destinada a todos os que precisem. Se houver sempre reservas de sangue suficientes, de todos os tipos, nem o próprio Instituto do Sangue terá de vir fazer apelos deste género! Como se diz por aí "dar Sangue é dar vida". E é algo que praticamente todos podemos fazer... E nunca sabemos o dia em que também podemos vir a precisar. Vamos pois todos contribuir, pois também neste campo, da dádiva de sangue, "Melhor è Possível! Pelo MEP no hi5

sexta-feira, 19 de junho de 2009

ESTAMOS SEMPRE APRENDER

Caros Amigos Leiam até ao fim...é muito IMPORTANTE!!!!


Please note and circulate... Por favor compreenda e faça circular...
Não ligue o Ar Condicionado mal entre no carro! Por favor abra as janelas assim que entrar no carro, sem ligar o Ar Condicionado. De acordo com pesquisas, o painel de instrumentos, assentos, tubagens de refrigeração emitem Benzeno, uma toxina causadora de cancro (carcinogéneo- note o cheiro a plástico quente dentro do carro). Além de poder causar cancro, envenena os ossos,causa anemia, reduz os Glóbulos Brancos. A exposição prolongada causará Leucemia, aumenta o risco de cancro e pode provocar abortos.O nível interior aceitável de Benzeno é de 0,05 gr por cm2. Um carro estacionado no interior com as janelas fechadas contém 0,37- 0,74 mg de Benzeno. Se estacionado no exterior sob o Sol a uma temperatura superior a 16ºC, o nível de Benzeno ascenderá a 1.843,68 mg, 40 vezes superior ao nível aceitável... e as pessoas dentro do carro inevitavelmente inalarão uma quantidade excessiva de toxinas. Deixe sair o ar quente interior antes que entre no carro. O Benzeno é uma toxina que afecta os Rins e Fígado e um material tóxico muito difícil de ser expelido pelo organismo."Quando alguém partilha consigo uma informação valiosa e bene-ficia com ela, tem obrigação moral de a partilhar com outros."

quarta-feira, 17 de junho de 2009

LINHA DE APOIO AO CANCRO

LINHA CANCRO
linha de apoio à pessoa com cancro

TEL:808255255

linhacancro@ligacontracancro.pt


Leia mais:
» Dadores de medula aumentam em Portugal
» Cancro: falta de meios ameaça «ruptura»
» Cancro: descoberta anima investigadores lusos
» Cancro: portuguesas descobrem mutação
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) chegou à internet, com nova imagem, com o objectivo de ajudar mais doentes oncológicos e familiares. Através do site e do endereço de email (linhacancro@ligacontracancro.pt) a Linha Cancro pretende chegar a todos os doentes oncológicos.
Desde que foi criada, em 2007, a Linha Cancro (808 255 255) recebe cerca de doze chamadas por dia, sendo que sete em cada dez em 2008 foram feitas por mulheres à procura de informações sobre o cancro da mama. Em 2008, a Linha recebeu 7222 chamadas, sendo que seis em cada dez foram feitas por doentes.
Os doentes, familiares e amigos ligam quer a pedir informações sobre a doença e os seus efeitos secundários, quer para ouvir uma voz amiga.
Do outro lado do serviço de apoio telefónico a doentes oncológicos e a familiares afectados pela doença, encontram-se psicólogos e enfermeiros que informa, tranquilizam e educam quem tem dúvidas sobre a doença, os tratamentos, os serviços de apoio e outras informações.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

SAIBA O QUE É O CANCRO E QUAIS OS FACTORES DE RISCO

O que é o cancro? Como preveni-lo?





Saiba o que é o cancro, como pode ser detectado precocemente e quais os factores de risco.




O tempo é determinante no combate ao cancro. Informe-se e, pela sua saúde, consulte o médico quando suspeitar dessa situação. Quanto mais cedo for detectado, maior a probabilidade de cura do cancro.
O que é o cancro?
A palavra cancro é utilizada genericamente para identificar um vasto conjunto de doenças que são os tumores malignos.
Os tumores malignos são muito diversos, havendo causas, formas de evolução e tratamentos diferentes para cada tipo. Há, porém, uma característica comum a todos eles: a divisão e o crescimento descontrolado das células.
Todos os tumores são cancros?
Não.
Existem dois tipos de tumores: os benignos e os malignos. Neoplasia é também uma designação frequente para tumor.
Os tumores malignos, ao contrário dos tumores benignos, possuem duas características potenciais, que podem ou não estar expressas na altura em que a doença é diagnosticada:
Podem-se espalhar por metástases, isto é, aparecer tecido tumoral noutros órgãos diferentes daquele de onde se origina (por exemplo: fígado, pulmão, osso, etc);
Podem infiltrar outros tecidos circunvizinhos, incluindo órgãos que estão próximos.
Os tumores malignos são aqueles a que normalmente chamamos cancro. As doenças cancerosas são também designadas por oncológicas.
Como surge o cancro?
O cancro surge quando as células normais se transformam em células cancerosas ou malignas. Isto é, adquirem a capacidade de se multiplicarem e invadirem os tecidos e outros órgãos.
A carcinogénese, o processo de transformação de uma célula normal em célula cancerosa, passa por diferentes fases. As substâncias responsáveis por esta transformação designam-se agentes carcinogéneos. São exemplos de carcinogéneos as radiações ultravioletas do sol, os agentes químicos do tabaco, etc.
Para que se desenvolva um cancro é necessário que, de forma cumulativa e continuada, se produzam alterações celulares durante um largo período de tempo, geralmente durante anos.
Como resultado, cresce o número de células que apresentam alterações de forma, tamanho e função e que possuem a capacidade de invadir outras partes do organismo.
Como é que se diagnostica um cancro?
Um cancro pode ser suspeitado a partir de várias pistas: as queixas que o doente refere, a observação médica, diversos exames médicos (análises, TAC - tomografias axiais computorizadas e muitos outros – a definir consoante a circunstância) ou as achadas numa cirurgia.
Mas para confirmar o diagnóstico de um cancro é geralmente necessário uma amostra do tumor (biópsia). A análise dessa amostra permite determinar se a lesão é um cancro ou não. Este estudo dos tecidos (análise histológica) permite classificar e saber, na maioria dos casos, quais são os tecidos e as células das quais provém o tumor e quais são as características das mesmas. Por vezes é possível diagnosticar ou suspeitar de um cancro através da análise de células colhidas em locais de acesso superficial (citologia exfoliativa de, por exemplo, o colo do útero) ou por punção com aspiração das células (citologia aspirativa) Estes factores são fundamentais para determinar o tratamento mais adequado em cada caso.
Quais são os tipos de cancro?
Os cancros classificam-se de acordo com o tipo de células avaliado pela anatomia patológica, em:
Carcinoma - Tumor maligno que se origina em tecidos que são compostos por células epiteliais, ou seja, que estão em contacto umas com as outras, formando estruturas contínuas, como, por exemplo, a pele, as glândulas, as mucosas. Aproximadamente 80 por cento dos tumores malignos são carcinomas.
Sarcoma - Tumor maligno que tem origem em células que estão em tecidos de ligação, por exemplo ossos, ligamentos, músculos, etc. Nestes, as células estão unidas por substância intercelular e não são epitélios, são tecidos conjuntivos.
Leucemia - Vulgarmente conhecida como o cancro no sangue. As pessoas com leucemia apresentam um aumento considerável dos níveis de glóbulos brancos (leucócitos). Neste caso, as células cancerosas circulam no sangue e não há normalmente um tumor propriamente dito.
Linfoma - Cancro no sistema linfático. O sistema linfático é uma rede de gânglios e pequenos vasos que existem em todo o nosso corpo e cuja função é a de combater as infecções. O linfoma afecta um grupo de células chamadas linfócitos. Os dois tipos de linfomas principais são o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin.
É possível detectar o cancro precocemente?
Alguns tipos de cancro podem ser detectados precocemente.
A detecção precoce e o tratamento adequado imediato levam ao prolongamento do tempo de vida. Quanto mais cedo for detectado, maior a probabilidade de cura do cancro.
Quais são os métodos de detecção precoce?
Consoante o tipo de tumor existem exames que podem permitir uma detecção precoce de alguns cancros. Para alguns tumores justifica-se a realização de exames de rotina a toda a população em risco para a detecção precoce de neoplasia. O tipo de exame varia consoante o tumor que se procura. Por exemplo, mamografia (radiografia das mamas) para o cancro da mama feminina ou citologia (exame das células) do colo do útero ou, ainda, pesquisa de sangue nas fezes para o cancro do intestino grosso (cólon). Nem todos os tumores justificam exames de rotina para a sua detecção em população sem sintomas ou sinais de suspeição. O seu médico saberá quais os exames indicados e os momentos adequados para os fazer.
Quais são os sintomas a que se deve estar atento?
Os sintomas que acompanham com maior frequência os diferentes tipos de cancro e para os quais deve estar atento são:
Nódulo (caroço) ou dureza anormal no corpo. A maioria dos nódulos ou úlceras pode dever-se a manifestações benignas, mas não deve descurar a hipótese de se tratar de uma lesão maligna.
Dor persistente no tempo (que não desaparece com analgésicos) e da qual deve informar o seu médico.
Sinal ou verruga que se modifica.
Perda anormal de sangue ou outros líquidos. Uma hemorragia vaginal, urinária, pelas fezes, na expectoração, etc., pode ser um sintoma de uma doença benigna, mas também pode ser sintoma de um tumor maligno que se origina no útero, vagina, cólon ou pulmão.
Tosse ou rouquidão persistente. Tosse ou rouquidão que persiste mais de duas semanas e que não desaparece com tratamento sintomático deve ser analisada por um otorrinolaringologista. Deve ter especial atenção se é fumador.
Alteração nos hábitos digestivos, urinários ou intestinais. Na maioria das ocasiões pode tratar-se de uma lesão benigna. A modificação dos hábitos intestinais, a alternância dos mesmos e a alteração da cor das fezes podem indicar a necessidade de um estudo para descartar a existência de um cancro colorectal.
Perda de peso não justificada. A perda de peso sem fazer dieta, mantendo os mesmos hábitos alimentares e sem aumentar a actividade física deve ser valorizada.
Que testes de rastreio devem ser feitos?
De acordo com uma Recomendação do Conselho da União Europeia à Comissão e aos Estados Membros, devem ser feitos os seguintes testes de rastreio:
Rastreio do cancro do colo do útero: realização do Teste de Papanicolau - a iniciar entre os 20 e os 30 anos;
Rastreio do cancro da mama: realização de mamografia nas mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 69 anos;
Rastreio do cancro colorectal: pesquisa de sangue oculto nas fezes em homens e mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos.
A ocorrência de determinadas doenças prévias no indivíduo e, especialmente, a ocorrência de determinadas doenças oncológicas em familiares próximos podem justificar um plano de rastreio diferente, a definir pelo médico
Factores de risco e formas de prevenção
De acordo com o código europeu contra o cancro (CECC).
Fumar. Não fume. Se é fumador, deixe de o ser o mais rapidamente possível. Não fume na presença de não fumadores.
Obesidade. Evite a obesidade.
Pratique, diariamente, exercício físico.
Aumente a ingestão diária de vegetais e frutos e limite a ingestão de alimentos contendo gorduras animais.
Modere o consumo de bebidas alcoólicas, tais como cerveja, vinho e bebidas espirituosas.
Evite a exposição demorada ou excessiva ao sol. É importante proteger as crianças, os adolescentes e os adultos com tendência para queimaduras solares.
Cumpra as instruções de segurança relativas a substâncias ou ambientes que possam causar cancro.
As mulheres devem participar no rastreio do cancro do colo do útero (Papanicolau).
As mulheres devem participar no rastreio do cancro da mama.
As mulheres e os homens devem participar no rastreio do cancro do cólon e do recto.
Participe em programas de vacinação contra a Hepatite B de acordo com as normas da Direcção-Geral da Saúde.
Consulte
Rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia - (Adobe Acrobat - 802 Kb)Site da Liga Portuguesa contra o Cancro

quinta-feira, 28 de maio de 2009

CONHEÇA OS SINTOMAS DA DIABETES

O conhecimento dos sintomas da diabetes irá certamente ajudar num diagnóstico precoce e num tratamento adequado. Leia mais para ficar a saber acerca dos sintomas desta doença. A diabetes é uma doença caracterizada pelo alto nível de açúcar no sangue, também chamado de hiperglicémia. A hormona insulina, que é produzida pelo pâncreas, controla o metabolismo do açúcar no organismo. Um alto nível de açúcar no sangue pode dever-se a dois factores: uma produção reduzida de insulina ou a resistência por parte do organismo à insulina e, por vezes, a ambos. Há três tipos de diabetes, que se baseiam nas causas. Diabetes de tipo 1é aquele que é devida à falta de produção de insulina pelo corpo, enquanto a diabetes de tipo 2 é o resultado da incapacidade do corpo em utilizar a insulina. A diabetes gestacional assemelha-se à diabetes de tipo 2 e ocorre em mulheres grávidas em qualquer altura durante a sua gravidez. Tanto factores hereditários como ambientais podem ser responsáveis pelo aparecimento da diabetes.Sintomas da DiabetesNormalmente, os primeiros sintomas da diabetes não são tão sérios e muitas vezes passam despercebidos. É por isso que muitas vezes a diabetes não é diagnosticada nos estágios primários. Os sintomas diferem para cada tipo de diabetes. Seguem os sintomas e sinais mais comuns.Urinar frequentemente (poliúria): Uma vez que o nível da glicose no sangue aumenta acima do normal, a filtração e a absorção a nível dos rins é incompleta. Logo, o líquido filtrado resultante, que é eliminado mais tarde sob a forma de urina contém uma determinada quantidade de açúcar. Este açúcar aumenta a pressão osmótica e prejudica a absorção de água por parte dos rins, o que provoca o urinar frequente.Aumento de sede: Devido à poliúria, o organismo perde uma quantidade excessiva de fluido. Para tentar compensar esta perda e equilibrar os níveis de açúcar no sangue, o organismo provoca uma maior vontade de consumir de água.Aumento de apetite: Para baixar o nível de açúcar no sangue, o organismo começa a produzir mais insulina. Uma das principais funções da insulina é o estímulo da fome. Logo, o nível mais elevado de insulina aumenta a sensação de fome.Perda de peso: A perda de peso é devida à perda excessiva de açúcar e de fluidos. Para além disto, a glicose proveniente dos alimentos digeridos não chega ás células do organismo. Um paciente que sofra de diabetes de tipo 1 perde peso muito mais rapidamente que um paciente que sofra de outro tipo de diabetes.Visão turva: O aumento do nível de açúcar no sangue absorve o fluído das lentes oculares devido à alta pressão osmótica. Isto provoca a diminuição da capacidade de focagem, o que por sua vez provoca a visão turva.Aumento da fadiga: Devido ao excesso de produção de urina, o paciente fica desidratado e sente-se cansado. Para além disto, grande parte do açúcar existente no organismo é eliminada através da urina. Logo, há uma diminuição da quantidade de açúcar disponível como fonte de energia, o que aumenta o nível de fadiga.Aumento de infecções e recuperação lenta: Até à data não se conseguiu determinar a causa exacta do aumento do nível de infecções e da diminuição da velocidade de recuperação nos pacientes diabéticos. No entanto, acredita-se que a função imunitária do doente diabético seja comparativamente reduzida relativamente ao de uma pessoa sã. Isto poderá dever-se ao elevado nível de açúcar no sangue, que impede o funcionamento correcto dos glóbulos brancos.A diabetes é uma das doenças crónicas comuns nas gerações actuais. É uma doença muito séria e não deve ser ignorada. Embora a diabetes possa ser tratada através da injecção externa de insulina, não pode ser curada. Apenas o tratamento correcto ao longo do tempo, com medicação, dieta e exercício pode ajudar o paciente a manter-se saudável e a viver mais tempo. Há certas dietas apropriadas para pessoas que sofrem de resistência à insulina que diminuem a velocidade de libertação do açúcar no sangue. A realização regular de testes ao sangue e à urina para a detecção da diabetes é recomendada. As pessoas que sejam obesas e também as que tenham um historial familiar de diabetes deverão tomar precauções maiores.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

TESTEMUNHO DE UM LARINGECTOMIZADO NO IPO DE LISBOA

Experiencia de um laringectomisado.


O diagnóstico caíu-me em cima como uma paulada na nuca. Fiquei atordoado.

Um pequeno incómodo na garganta levou-me a consultar, sucessivamente, um clínico geral e dois otorinos . Todos me tranquilizaram e mandaram embora com umas receitas daquelas do tipo “se não fizer bem ...mal também não faz “.

Finalmente o 3º otorino consultado fez um exame sério e recomendou um TAC, a que se seguiu uma biopsia. A partir do resultado desta......o diagnóstico estava feito e o programa traçado.

Tudo isto se desenvolveu num espaço de tempo muito curto deixando pouco tempo para pensar
ou para fazer perguntas sobre como seria o post operatório e as consequências da laringecto-
mia na vida corrente.

O especialista informou-me perfeitamente sobre os aspectos técnicos da situação e da inter-
venção cirúrgica, mas nada acerca das consequências no plano psicológico. Caminhei para a operação sem preocupações e sem ter ideia de como seria o futuro.

Se tivesse tido uma informação adequado sobre estes aspectos teria evitado muitos momentos
difíceis. Creio saber que no estrangeiro existem associações que ajudam os laringectomisados
desde antes mesmo da intervenção cirúrgica, até á sua adaptação ás novas condições de vida.

A operação correu perfeitamente bem, o tumor pôde ser inteiramente removido,a passagem pela sala de reanimação quase deixou uma boa recordação. Episódio caricato : Ouvindo uma das
jovens e eficazes enfermeiras falando do teto da sua sala que ia pintar nesse fim de semana e apercebendo-me que não tinha ideia de como utilizar um rolo de pintura pedi-lhes ( pela primeira vez ) um papel e um lápis e escrevi como devia fazer. Certamente o efeito das drogas que me tinham injectado....

As primeiras horas no quarto também não foram más apesar dos tubos que me saiam do corpo
e dos rolos de chumaços á roda do pescoço. Abençoadas drogas que tão bem evitam o mal-estar.

Pouco tempo depois as coisas começaram a complicar-se. Comecei a tomar consciência que a
minha respiração (isto é a minha vida) estavam dependentes de um buraco que, artificialmente
me tinham aberto no pescoço e que me parecia muito mais frágil e sensível que os orifícios
originais previstos para o efeito.



Em seguida vêem anunciar-me que devo fazer “Atmosfera húmida “. É a primeira vez que ouço falar em tal coisa.

Alguma dificuldade em respirar com o tubo da “atmosfera” levou-me a recusar continuar com
esta. Bela asneira cujas consequências tive de pagar a seguir .Falo nisto para salientar a falta de informação com que vivia na altura. As enfermeiras bem faziam o que podiam para ajudar e informar,mas seria a elas que competia essa missão ?

Se tivesse sabido da utilidade da “atmosfera”na eliminação dos “rolhões” que tinha no sistema
respiratório e que a “atmosfera” ia ajudar a eliminar teria evitado muitos sustos e muito mal estar.

Só por causa desta asneira tive de voltar á clínica depois de ter tido alta, para fazer “atmosfe-
ra” e ser aspirado e tive de ter um aspirador em casa e fazer “atmosfera” durante muito mais
tempo do que teria sido necessário.

De manhã e á noite as sessões de aspiração eram um tormento, tanto para mim como para minha mulher, condenada a “aspiradora “. No entanto a saída de enormes rolhões provocava um
alivio e um bem estar indescritíveis .

Também todas as noites tinha ( e tenho ) um ritual que era ( é ) o de retirar a canula para a
lavar. Ao principio esta rotina era feita sob enorme tensão nervosa,talvez por um receio inconciente de não poder voltar a colocar a dita canula e ter,em consequência,dificuldades
respiratórias. Utilisei um gel para facilitar a colocação,depois vazelina líquida e actualmente
só com molhar a canula e o estoma é o suficiente para não ter problemas. Mas confesso que,
ainda hoje,sinto,por vezes um”apertozinho” ao efectuar o” tratamento”.

Durante bastante tempo utilisei uma canula “clássica” tubular, da Atos Medical-Provox,com
uma “cassette” filtrante e uma fita á roda do pescoço para segurar a canula. Tomar duche implicava pôr uma proteção á volta do pescoço para evitar a passagem da água, o que complicava
as coisas com o cuidado de não esquecer a proteção para viajar,por exemplo.

Finalmente, ao cabo de mais de 2 anos, resolvi atrever-me a experimentar o “Lary Button
Provox”. Os primeiros dias, tal como a “Atos” prevê,provocaram pequeninas hemorrogias,na zona do estoma,ao retirar o ”botão”. Mas rapidamente este inconveniente desapareceu e as vantagens do sistema impuseram-se. A fita á roda do pescoço deixou de ser necessária ( que alivio !) a respiração é mais fácil,a eliminação das secreções e a manutenção durante o dia também.

E,casualmente,descobri uma coisa que me deu um enorme alivio. Não é necessária sequer qual-
quer proteção especial para tomar duche.
Então acabei por ir mais longe com a experiência. Ao cabo de mais de 3 anos voltei a meter-me
dentro duma piscina. Apertei com o dedo o “obturador” da cassette Provox e arrisquei enfiar a cabeça debaixo de água. Surpresa ! Não entra nem uma gota. Claro para manter a cabeça debaixo de água tem de ser em apneia e mantendo o “obturador” primido. Mas creio que será possível melhorar esta “técnica”. A experiência anterior “dentro de água” é uma ajuda impor-
tante a levar em conta.

Já agora, um comentário acerca das “cassettes” do sistema Provox . A Atos recomenda a sua subsistituição diária o que implica ter á disposição uma quantidade enorme com os consequen-
tes custos exorbitantes. É fácil desmanchar a “cassette” para lavar o elemento filtrante - a pástilha em espuma. Perdem-se certamente virtudes do sistema, mas não me consegui
aperceber-me de quais...Há mais de 2 anos que procedo assim e não constatei nenhuma contra-indicação.

Também experimentei o material Trachi-Naze da Kapitex que é um equivalente do sistema Provox. Quanto a mim o grande inconveniente do Trachi-Naze reside na dificuldade em retirar e recolocar o elemento filtrante com a canula em posição. Perante uma quantidade abundante de secreções esta dificuldade pode revelar-se importante.

Uma das importantes funções das “cassettes” é, não só, a de filtrar o ar inspirado como tam-
bem a de evitar a eventual penetração de insectos ( particularmente para quem se desloque com frequência ao ar livre ).

As firmas especialisadas propõem lenços para colocar ao pescoço e esconder e proteger o es-
toma. São principalmente um elemento estético com o inconveniente de poder ser incomoda-
tivos pelo calor que provocam.

O sistema com o “Lary Buttom” é muito discreto e até permite o uso ( quase ) normal de uma
gravata para alem de permitir uma eliminação das secressões mais fácil do que com as canulas
mais compridas.

Estas observações são apenas o resultado de uma vivência pessoal e não têm outra preten-
ção que não seja a de,eventualmente,serem úteis a alguém nas mesmas circunstancias.

Creio que uma atempada e completa informação,evitaria muitas angustias ao laringectomisado.
É que este sente que a sua vida passou a depender daquele “buraquinho” e daquele “tubinho”.
Anteriormente tinha 2 alternativas mais naturais e convincentes : as narinas e a boca ......

Para terminar este capitulo umas palavras sobre a radioterapia. De facto,por razões de segurança fiz radioterapia. Deveria ser um tratamento sem problemas mas no meu caso foi uma
tortura digna da Santa Inquisição...
Eu explico : para imobilizar a cabeça durante o tratamento é utilisada uma máscara feita á medida da cara num material plástico perfurado e com grandes buracos para o nariz, olhos e boca. Só que a imobilização da cabeça com a dita máscara provocava-me um pânico inexplicável. Só aguentei as sessões graças a uns geniais e radicais (?!) comprimidos que me deixavam completamente atordoado e sem reacções.

Ainda uma observação acerca de uma consequência da anestesia. Bloqueou-me o acto de urinar.
Por causa disso fiquei durante 4 meses com uma algálea e uma das más recordações dessa época foram o retirar da algálea e o voltar a coloca-la, o que teve lugar várias vezes. Finalmente, submtive-me a uma raspagem da próstata o que repôs a normalidade das funções.

Postos estes preliminares vamos ao objectivo destes comentários que é o de referir algumas
observações sobre a comunicação na qualidade de laringéctomisado.

E para começar uma observação que é um dever de justiça :

Se o cirurgião é o “anjo negro” que vos salva a vida roubando-vos a palavra, a/o Terapeuta da fala é o “anjo branco” que vos ajuda a voltar a comunicar e assim a reencontrar uma vida ,quase,
normal. Mas não só.

No meu caso, a Terapeuta da Fala, pela sua experiência, pelo conhecimento de outros casos semelhantes, pelo seu profissionalismo e gentileza ajudou-me a ultrapassar a falta de apoio
psicológico especializado a que me refiro adiante. Bem haja por isso, e bom seria que todos
os “companheiros” no meu caso, tivessem uma ajuda semelhante.

Tenho de começar por dizer,á partida,que para tentar “falar”excluí as soluções que não
a fala esofágica ( e o indispensável apoio do papel e do lápis ).

Infelizmente esta exige muito esforço e muito teino e,confesso, que sou extremamente preguiçoso para esse treino........o que quer dizer que os progressos são desesperadamente lentos.

Após a cirurgia,e durante bastante tempo, limitei-me a utilizar o papel e o lápis sem procurar emitir qualquer som.



Abro aqui um parêntesis para repetir que o factor psicológico tem,em minha opinião,um peso enorme em todo este processo, ante e post operação. Infelizmente esse aspecto é totalmente
ignorado por cá, enquanto que nalguns países os pacientes têm,sistematicamente apoio psicoló-
gico. É um lugar comum dizer que “cada caso é um caso”, mas em maior ou menor grau, seria uma boa coisa para todos.

Mas teria de ser um apoio psicológico por especialistas com capacidades especificas par tais
casos. De facto se o laringéctomisado tiver de juntar aos seus problemas a dificuldade de comunicação com o psicólogo.....a terapia não irá longe.

É que a “ressaca” originada pelo traumatismo sofrido pode não se manifestar imediatamente após a operação. Pode surgir bastante tempo mais tarde quando vida,aparentement,retomou um ritmo normal , e parece ter sido encontrada uma nova maneira de viver.

Voltando ao tema,depressa me apercebi que me fazia entender de algumas pessoas, enquanto que para outros o papel e o lápis eram indispensáveis . E isto não contribuiu muito para melho-
rar o moral.

Com o tempo fui-me apercebendo que a primeira grande diferença entre os “bons entendedo-
res e os maus entendedores” era uma questão de sexo. As mulheres percebem com muitissíma
mais facilidade que os homens a minha “palavra”. A diferença é impressionante. Por vezes é
quase possível manter uma conversa normal. Ao contrário com os homens ...pode ser com-
plicado.........

Não tenho, obviamente, nenhuma explicação . Limito-me a constatar.

Mas se fosse só assim...seria fácil.


Há outro grande grupo ( ambos os sexos ) com uma capacidade de entendimento notável. Trata-
-se dos empregados (as) de cafés e restaurantes. Diria que quase não tenho problemas para me
fazer entender por eles e há muito que não recorro ao papel e ao lápis para encomendar alguma
coisa nesses locais. A explicação poderá estar no facto de que, o número de palavras utilisadas
sendo limitado, a compreensão é mais fácil.


Também não encontrei nenhuma divisão por faixas etárias. Não posso dizer que os jovens ou os
idosos entendem mais ou menos bem. Em todas as idades há bons e maus “entendedores”.

Curiosamente, as crianças que se poderia pensar que tivessem mais facilidade de compreensão,
não revelam qualquer aptitude especial.

Também diria que há pessoas que,á partida pensam “eu não vou entender este tipo”.
E claro,não entendem mesmo !

Mais uma curiosidade : Os bons “entendedores” ouvem algumas palavras completas e, noutros
casos, deduzem a palavra a partir de uma ou duas sílabas e do contexto da frase. Mas quando
se trata de nomes próprios ? Nesse caso ou se consegue pronunciar relativamente bem e alto
....ou só resta recorrer ao papel e ao lápis....( Há sons particularmente difíceis de emitir e que
parecem ocorrer com frequência nos nomes próprios....)




Um episódio caricato é o das pessoas que ouvindo o meu falajar sussurrado acham-se na obri-
gação de meu falar aos berros ( quando não é utilisando a mesma linguagem com que se diri-
gem ás crianças ). Já várias vezes disse : “Posso ser meio mudo...mas não sou surdo !!!!”

E há mais outra situação ao mesmo tempo cómica e frustante. Ocorre quando se fala com uma
pessoa que parece estar a entender perfeitamente o que se lhe está a (tentar) dizer e de re-
pente, pelo seu comentário, apercebemo-nos de que está a léguas do assunto de que se lhe está a falar. Por vezes pode ser divertido, mas geralmente é frustante e muito deprimente.

E também há aqueles que viram a cara de lado, estendendo o ouvido para tentar ouvir melhor...
O resultado é nulo e, mais uma vez, frustante.

Para alguém , como eu, já está meio reformado, o problema da fala..........vai-se gerindo.......

Acredito que a situação seja muito mais complicada quando o problema surge no auge de uma vida activa.

Daí que as motivações para o esforço necessário para treinar uma fala esofágica sejam,neces-
sáriamente e compreensívelmente diferentes.

Sem entrar num campo muito polémico seria interessante poder determinar qual é a responsa-
bilidade das coisas que, ao longo da vida, ficam por dizer, os “sapos engolidos”, na formação de
um tumor localisado de modo implicar a remoção das cordas vocais.

Do mesmo modo poder-se-ia estudar se a maior ou menor facilidade em conseguir uma boa fala
esofágica não tem também uma forte componente psicológica. Mas estes pontos estão fora do
âmbito destes comentários

Há dificuldades na vida corrente do laringectomisado que nem sempre são evidentes para quem fala normalmente .

O falar ao telefone é uma delas. Claro que há laringectomisados que recuperaram o uso da pala-
vra a ponto de poderem falar ao telefone....mas eu refiro-me aos outros. Não falar ao tele-
fone, nos dias de hoje, representa uma limitação importante e uma dependência de alguém que
ajude.

Imagine-se,por exemplo,um qualquer problema conduzindo um automóvel. O telemóvel resolve
Rapidmente o problema de pedir assistencia, mas o “não falante” fica dependente de uma alma caridosa que faça o contacto por ele !

E a propósito de automóvel........É praticamente impossível fazer-me entender dentro de um
automóvel em marcha. No decurso de uma viagem longa é uma situação muito traumatisante ao
sentir-se uma imensa tristeza e isolamento por não poder partilhar os comentários induzidos pelo que se vai vendo e sentindo ao longo do caminho.

Também não é fácil em determinados serviços onde o cliente e o atendedor estão separados por um vidro e falam por meio de um intercomunicador. Abençoado papel e lápis para resolver
a situação.

Mas pode ser mais complicado ao tocar á campainha de um prédio e o quando o intercomunica- dor pergunta :“ Quem é ? “ Nesse caso o papel e o lápis não são grande ajuda.........Talvez ficando á espera que alguém entre ou saia ?

E um gesto tão simples como de pedir uma informação na rua, ou em viagem, quando uma ajuda
para encontrar o caminho certo pode ser determinante ? Torna-se complicado pelo que,pela
minha parte,proucuro prescindir dessas ajudas....

E há mais........Que dizer de quando se quer ser bem educado e entrando num local onde estão
outras pessoas se pretende cumprimentar, nem que seja com um simples “ Boa tarde “?
Sente-se algum mal estar......

Claro que a Internet constitui uma óptima forma de manter o contacto com os amigos de
receber e procurar informação. Mas quando há uma avaria ? Como se contacta com o serviço de
assistência ? Está-se sempre dependente de uma ajuda....( mais problemas para o psicólogo ?)

Uma conversa com 2 ou mesmo 3 pessoas ainda é possível ( ás vezes ajuda quando está um ele-
mento do sexo femenino para .........traduzir ). Mas num grupo maior é fácil sentir-se,se não
marginalisado,pelo menos isolado . É que com o barulho de fundo o pouco som produzido ...não se
ouve ! Neste caso o papel e o lápis também não ajudam .Quando se acaba de escrever já a con-
versa avançou e o comentário perdeu a oportunidade . É frustante ter de “engolir” uma boa
“boca”. No meio de um grupo acaba por pensar-se com frequência “ Mas que estou eu aqui a fa-
zer ? Deixem-me ir para casa !”

Deve ser das situações mais penosas e tristes que me tem sido dado viver.


Aliás não são só as “bocas” que se engolem. Pelo menos no meu caso acabo por simplificar o
contacto com os outros. Exemplificando : Em lugar de dizer “ Entre o que diz o Serviço Mete-
riológico e o céu ameaçador receio que hoje ainda vá chover” diz-se simplesmente “ Vou levar o
guarda-chuva “.

O diálogo nem sempre é fácil. Pode-se exprimir uma opinião mas quando esta é contrariada
pelo opositor, a defesa da opinião emitida torna-se demasiado complicada. Por isso,frequente-
mente, deixa-se cair o tema ou nem sequer se entra na discusão. Mais umas situações que se
“engolem”....

Isto não é tão fácil de suportar como pode parecer ( eu era um grande falador antes da operação ).

Como defesa começa-se a dialogar mentalmente . Inventa-se um dialogo que fica todo no interior que por vezes origina uma acrimónia que não facilita o verdadeiro diálogo com os outros.

As consequências vão mais longe .O facto de fechar-se sobre si mesmo, sem transmitir o
seu sentir aos outros faz com que o comportamento dos outros seja muitas vezes decepcionante o que origina tensões relacionais.

Ainda não sei até que ponto estas dificuldades originam um carácter “rabugento” ou se será
simplesmente o inelutável efeito da idade que origina a “rabugice” O facto é que pequenas contrariedades e decepções são sentidas com uma anormal intensidade que fica,geralmente,por exprimir Parece que se entra num círculo vicioso. Mais sentimentos “engolidos”,mais acrimónia,
mais rabugice ! E a espiral vai sempre crescendo. O carácter vai “azedando”...a relações com os
outros podem complicar-se....

No entanto é de elementar justiça salientar o papel dos familiares e dos amigos. No meu caso o
apoio familiar foi inexcedível o que atenuou muitos problemas, sobretudo nos primeiros tempos
após a operação. A presença dos amigos foi ( e é ) uma constante que evita aquela compreen-
sível, mas muito negativa, tendência para o isolamento que deve ser evitada a todo o custo (ainda que nem sempre seja fácil ).


Para acabar só mais um pequeno comentário. Tenho observado que ao fazer mais esforço para “falar” ou “falando”durante mais tempo aumentam imediatamente as secreções.

Fosse esse o preço a pagar para falar seria com muito gosto que todos nós o pagaríamos..........

HD Lisboa, Maio de 2009