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Infertilidade em Portugal
Em Portugal, estima-se que haja 500 mil casais inférteis, o que significa que existe um milhão de pessoas que não conseguem ter filhos.Nem mais nem menos do que 10% da população. E a tendência é ainda para aumentar mais. «É uma verdadeira doença que se encontra em ascensão de frequência», alerta o Prof. João Silva Carvalho, da Faculdade de Medicina do Porto, referindo que os cálculos são de dez mil novos casos por ano. Isso significa que a incidência da infertilidade andará por volta dos 10 a 15%, o mesmo que a média europeia.
Os factores, ao contrário do que se pensava há algum tempo, não são só femininos, mas também pertence aos homens. Hoje em dia, as razões tanto se devem a problemas masculinos como femininos. São problemas do casal.Para o homem as coisas parecem ser mais simples. Devido a alterações ambientais, regras alimentares, profissões, consumo de tabaco, de álcool, cada vez existem mais homens com espermatozóides de «má qualidade». Um factor em que a idade não tem influência significativa.
Nas mulheres, a principal razão para a sua esterilidade é o avanço da idade em que têm o primeiro filho. «Se até aos 35 anos a probabilidade da mulher engravidar em cada mês é de 20 a 25%, a partir dos 35 isso começa a baixar brutalmente em cada período, de tal maneira que aos 38/39 anos a probabilidade é de 10%», diz João Silva Carvalho. As razões para a esterilidade feminina também podem passar por algumas doenças sexualmente transmissíveis ou outras patologias do aparelho genital da mulher. Há, no entanto, algumas soluções para estes problemas nas mulheres. Aliás, existem variadíssimos meios de tratamento, que podem ir desde a cirurgia até à fecundação «in vitro com ou sem microinjecção de espermatozóides».
O problema é que muitos destes tratamentos são demasiado caros e ainda não são devidamente comparticipados pelo Estado. Para João Silva Carvalho, o apoio aos casos inférteis tem de passar por dois vectores: por um lado, deveriam existir maiores incentivos para os casais terem filhos mais cedo, como benefícios fiscais, mais facilidades na compra de habitação, etc.; por outro lado, as técnicas e medicamentos para tratar a esterilidade deverão ser mais comparticipados pelo Estado, de modo a ser menos oneroso para o casal.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
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