segunda-feira, 20 de abril de 2009

NAS COSTAS DOS OUTROS PODEMOS VER AS NOSSAS

Mortalidade feminina provocada por câncer de pulmão aumentou 600%
O relatório “O Tabaco e a Mulher”, do Departamento Americano de Saúde, alerta que nos Estados Unidos a mortalidade feminina provocada por câncer de pulmão aumentou 600% nos últimos 50 anos, sendo responsável por 25% das mortes por câncer nas mulheres americanas (contra 3% em 1950). As estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, prevêem 9.460 novos casos de câncer de pulmão, classificando-o como o quarto mais frequente nas mulheres brasileiras (sem considerar o câncer de pele não melanoma), exceção feita à região Nordeste, onde ocupa o quinto lugar. Estudos médico-científicos observam que os níveis de mortalidade por câncer de pulmão entre os homens têm se mantido estáveis ou até diminuído, em países desenvolvidos. Entre as mulheres, entretanto, tem havido um marcado aumento de mortalidade. Tal fato relaciona-se à redução do consumo de cigarros entre os homens, nestas últimas décadas, nestes mesmos países desenvolvidos. Segundo as estimativas do Inca, o Brasil deve registrar 49.400 novos casos de câncer de mama, que traduz um risco estimado de 51 casos para cada 100 mil mulheres, tornando-o o câncer mais incidente entre a população feminina (Região Sudeste do Brasil e no mundo). Sabe-se que o risco aumenta quando o tabagismo começa cinco anos após a primeira menstruação e em mulheres sem filhos, fumantes de mais de 20 cigarros/dia ou que tenham fumado cumulativamente 20 maços/ano ou mais. Estudos recentes sugerem que tanto o fumo ativo quanto o passivo levam a um aumento no risco de doença, comparando-se com as mulheres não fumantes (ativas ou passivas). Há também risco de câncer de pulmão para mulheres fumantes submetidas à radioterapia para tratamento de câncer de mama. Já o câncer de colo uterino é atualmente o segundo câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável por 230 mil mortes ao ano, em todo o mundo. No Brasil, cerca de 18.680 novos casos. A relação do tabagismo como importante fator causal para o câncer do colo uterino já é bem conhecida pela ciência. E a A chamada Síndrome da Morte Súbita do recém nascido ocorre com mais frequência (de 1,4 a 3 vezes mais) entre os filhos de mães fumantes. Não podemos esquecer também que a mãe fumante muitas vezes torna seus filhos fumantes passivos; tais crianças possuem um risco maior de apresentarem bronquite, pneumonias, otites (infecções de ouvido), asma (formas graves), sintomas respiratórios e crescimento pulmonar mais lento.

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